sábado, 9 de março de 2013

Quando virtudes podem virar vícios

Ricardo Gondim

Genialidade e loucura caminham próximas. De médico, juiz, comentarista de futebol, teólogo e doido tudo mundo tem um pouco. Não faltam histórias de pessoas inteligentes com um parafuso frouxo. Se gênios vivem entre a excepcionalidade e o lunatismo, todos, com atos e atitudes, perigam desequilibrar, tingindo a vida com a cor da maldade.

Bibliófilo assumido, gosto de sebos. Certa vez, caminhando pelos corredores empoeirados de um alfarrábio, notei uma enorme quantidade de livros empilhados; todos da mesma pessoa. O gerente relatou que aqueles livros pertenceram a um burocrata, desses incansáveis batedores de ponto, que não tira férias. Chegou um novo chefe do departamento e diante da necessidade de re-organizar o setor, o impoluto empregado se viu obrigado a sair de férias – depois de 17 anos. Cumpridos os trinta dias de afastamento, o homem voltou para uma nova sala; móveis, armários, cadeiras, tudo estava “fora do lugar”.

Revoltado com a nova disposição, o rígido e obediente funcionário não conseguiu se adequar. No sofá, onde gostava de ler, colocou o cano da pistola na boca e puxou o gatilho. O minucioso zelo pelo trabalho, a obsessiva disciplina, a inconformidade aos novos ventos, aprofundaram sua neurose. Pareceu-lhe melhor morrer a ter que amargar as transformações que o tempo impõe. Entre os livros empilhados, comprei um para nunca esquecer aquela história.

Sim, virtudes podem adoecer. Inteligência não previne sociopatia. Conservadorismo não significa saúde mental.

Sinceros correm o risco de se tornarem inconvenientes. É desagradável conviver com a transparência dos que têm o dever de se mostrarem cândidos. Calar certas verdades que vimos nos outros muitas vezes não é mentir, apenas respeitar. Dizer o que “dá na telha” nem sempre expressa franqueza. Muitas vezes “confrontação” não passa de desejo de vingança. Sinceridade deve vir precedida pela graça.

Toda virtude pode descambar em vício. Os corajosos devem cuidar para não permitir que coragem se transforme em obstinação – e teimosos correm o risco de atropelar pessoas e sentimentos. Intrepidez sem equilíbrio pode transformar-se em obsessão. Zelo sem moderação pode degenerar em ativismo. Diligentes, absorvidos no dever, podem sofrer da síndrome da “trabalholatria”. Justos mal sabem que messianismo lhes espreita em cada esquina. Só se aproveita a integridade quando ela não induz à auto-veneração. Extrapolar na busca da perfeição desencadeia preciosismo, que leva à meticulosidade asfixiante. Gente exageradamente criteriosa se considera palmatória do mundo, xeretando o que não deve.

Fé pode degringolar no sério desvio da credulidade, deixando a pessoa sem bom senso. Provérbios afirma: “O inexperiente acredita em qualquer coisa, mas o homem prudente vê bem onde pisa” (14.15). No extremo oposto, fé pode gerar presunção; pessoas se imaginam com tanta certeza espiritual que alucinam, acreditando poderem se antecipar ao que Deus faria.

Andar ao lado de pessoas obcecadas por exigências sobre-humanas pode adoecer. Melhor caminhar com quem vive com leveza. Vale conviver com quem sabe relaxar, rir de si mesmo e celebrar a vida despretensiosamente.

Soli Deo Gloria
 
fonte

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

80 formas como o açúcar pode arruinar a sua saúde


 
 
Parece apetitoso? Pense duas vezes antes e consumir. (Foto: Thinkstock)
O açúcar já é considerado vilão por muitos motivos: seu alto consumo pode provocar cáries dentárias, engordar, aumentar o surgimento de espinhas na adolescência, influenciar em quadros de diabetes... Enfim, apesar de ser um tempero muito gostoso para alimentos e bebidas, seu consumo em excesso pode ser prejudicial para a saúde de diversas maneiras e em para pessoas em diferentes idades.
Além desses efeitos negativos, existem muitos outros que poucas pessoas conhecem. Para desmascarar todo o mal que o açúcar pode fazer, a especialista em alimentação e nutrição Nancy Appleton, baseando-se em inúmeros trabalhos científicos, elaborou uma lista com inúmeros itens que revelam como o açúcar pode ser prejudicial à saúde.

Confira 80 desses itens da lista e veja como algo tão doce pode trazer resultados tão amargos para o corpo:


  1. Crianças que bebem refrigerantes (que contém altas taxas de açúcar), em geral, ingerem menos leite.
  2. O açúcar pode deprimir o sistema imunológico.
  3. Pode desequilibrar a relação entre os minerais no organismo.
  4. Pode causar hiperatividade, ansiedade, dificuldade de concentração e distúrbios de humor em crianças.
  5. Pode produzir um aumento significativo dos triglicerídeos.
  6. Reduz as defesas orgânias contra infecções bacterianas.
  7. Causa perda da elasticidade e função dos tecidos – quanto mais açúcar você come, mais elasticidade e função você perde.
  8. Reduz lipoproteínas de alta densidade (HDL).
  9. Pode levar à deficiência de cromo.
  10. Pode estar associado ao câncer de ovários.
  11. Pode elevar rapidamente os níveis de glicose.
  12. Causa deficiência de cobre.
  13. Interfere na absorção de cálcio e magnésio
  14. Pode tornar os olhos mais vulneráveis à degeneração macular relacionada à idade.
  15. Pode produzir acidez no trato digestivo.
  16. Pode causar um rápido aumento nos níeis de adrenalina em crianças.
  17. Pode causar envelhecimento precoce.
  18. Pode causar deterioração dos dentes.
  19. Pode levar à obesidade.
  20. Aumenta o risco de doença de Crohn e colites ulcerativas.
  21. Pode causar úlceras gástricas ou duodenais.
  22. Pode causar artrite.
  23. Pode causar distúrbios de aprendizado em crianças
  24. Contribui para a proliferação da Candida albicans – fungo responsável pela candidíase vaginal, entre outras infecções.
  25. Pode ausar cálculos biliais.
  26. Pode causar doenças do coração.
  27. Pode causar hemorroidas.
  28. Pode causar varizes.
  29. Pode levar a doenças periodontais.
  30. Pode contribuir para a osteoporose.
  31. Pode causar diminuição da sensibilidade à insulina.
  32. Pode diminuir a quantidade de Vitamina E no sangue.
  33. Pode reduzir o nível de hormônio do crescimento.
  34. Pod eaumentar o colesterol.
  35. Aumenta a AGEs.
  36. Pode interferir na absorção de proteínas.
  37. Causa alergia alimentar.
  38. Pode contribuir para o eczema em crianças.
  39. Pode causar doenças cardiovasculares.
  40. Pode prejudicar a estrutura do DNA.
  41. Pode alterar a estrutura das proteínas.
  42. Pode causar rugas pela alteração da estrutura do colágeno.
  43. Pode causar catarata.
  44. Pode causar aterosclerose.
  45. Pode aumentar as lipoproteínas de baixa densidade (LDL).
  46. Reduz a capacidade de funcionamento das enzimas.
  47. Seu consumo está associado ao desenvolvimento da doenças de Parkinson.
  48. Pode aumentar a quantidade de gordura no fígado.
  49. Pode aumentar o tamanho e produzir alterações patológicas nos rins.
  50. Pode danificar o pâncreas.
  51. Pode aumentar a retenção de líquidos no organismo.
  52. Causa constipação.
  53. Pode tornar os tendões mais frágeis.
  54. Pode causar dores de cabeça, inclusive enxaqueca.
  55. Desempenha papel no câncer de pâncreas nem mulheres.
  56. Aumenta o risco de câncer no estômago.
  57. Pode aumentar o risco de desenvolver gota.
  58. Pode contribuir para a doença de Alzheimer.
  59. Pode causar adesividade plaquetária, o que contribui para a formação de coágulos sanguíneos.
  60. Pode causar desequilíbrio hormonal; alguns hormônios tornam-se hipoativos e outros se tornam hiperativos.
  61. Pode levar à formação de cálculos renais.
  62. Pode produzir radicais livres e estresse oxidativo.
  63. Pode levar ao câncer do trato biliar.
  64. Aumenta a concentração de ácidos biliares nas fezes e de enzimas bacterianas no cólon, o que pode produzir compostos cancerígenos a câncer de cólon.
  65. É uma substância que causa dependência.
  66. Pode ser tóxico, como o álcool.
  67. Pode agravar a SPM (Síndrome Pré-Menstrual).
  68. Pode diminuir a estabilidade emocional.
  69. Pode piorar os sintomas de crianças com déficit de atenção.
  70. Pode induzir à morte celular.
  71. Pode aumentar a quantidade de alimento que você ingere.
  72. Pode levar ao câncer de próstata.
  73. Desidrata os recém-nascidos.
  74. Pode aumentar os níveis de homocisteína na corrente sanguínea.
  75. Aumenta o risco de câncer d emama.
  76. Pode causar câncer de reto.
  77. Pode causar câncer de rim.
  78. Pode causar câncer de fígado.
  79. Pode aumentar o ácido úrico no sangue.
  80. É um fator de risco para câncer do intestino delgado.
Depois de conferir alguns itens dessa lista, você com certeza não deve mais sentir tanta vontade assim de consumir esse alimento. Contudo, o sabor doce é quase indispensável à dieta de qualquer pessoa. Se você faz questão de adoçar sua receita, opte por outras alternativas como mel (natural e nutritivo), melado de cana ou adoçantes naturais (como o stevita). Contudo, mesmo essas opções devem ser acrescentadas comedidamente, em pequenas quantidades.
**Veja a lista completa aqui

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Os novos adventistas: pós modernos, carismáticos e ecumênicos


Como pastor, tenho percebido uma diluição dos valores adventistas entre os que fazem parte dessa denominação, sejam membros regulares ou líderes. Em parte, a assimilação de valores da pós-modernidade tem enfraquecido conceitos caros à denominação, como, por exemplo, a afirmação de que temos uma verdade a ser dada ao mundo. Já conversei pessoalmente com muitos adventistas que acreditam que deveríamos ser mais “humildes” e reconhecer que “não somos melhores do que os outros”. Segundo eles, se continuarmos nos intitulando “os donos da verdade” afastaremos as pessoas. Nossa missão seria conduzir a Cristo, não à nossa denominação, porque as doutrinas não são importantes e, sim, o relacionamento com a pessoa de Cristo.

Por trás dessas afirmações, encontramos sérios problemas. Afinal, se as doutrinas não importam, por que sustentá-las? O crer em Cristo, não é em si mesmo uma doutrina (um ensinamento)? Seria essa a única doutrina que teríamos o direito de compartilhar com as pessoas? Partindo do pressuposto de que todos têm o direito a ter suas crenças particulares, nosso respeito pela opinião e crenças alheias não deveria nos impedir de querer “forçar” as pessoas a crerem como nós? E, se isso for assim mesmo, como concluiremos a “grande comissão” (Mt 28:18-20), a ordem de Jesus para pregarmos a todas as pessoas, de todos os lugares e culturas?

Assim, me parece que alguns estão confundindo genuína humildade com relativismo, a ideia de que todas as crenças não representam a verdade última, somente opiniões equivalentes, uma vez que seriam todas culturalmente condicionadas. Será que o adventismo está fadado a ser isso – uma opinião qualquer de um determinado grupo religioso que está feliz em manter uma política de não interferência em relação a outros grupos sociais, assumidamente religiosos ou não?

Esse pensamento não se restringe a muitos adventistas que encontrei; trata-se de algo de amplitude maior. O pós-modernismo é uma forma de pensar e viver de toda a sociedade ocidental (e influencia até mesmo culturas orientais que adotam comportamentos ocidentais). Por isso, não causa surpresa que muitos cristãos tenham escrito, palestrado e feito conferências sobre o assunto, especialmente nos últimos, diríamos, vinte anos. Os adventistas, por seu turno, não estão alheios aos desafios da pós-modernidade. Teólogos e pensadores do movimento vêm dedicando atenção ao tema. Quero destacar dois escritos recentes que expressam preocupação com a influência pós-moderna sobre a igreja.

O conhecido historiador e pensador adventista George Knight escreveu recentemente o provocativo A visão apocalíptica e a neutralização do adventismo.[1] Knight discute o conceito de relevância, que permeou o protestantismo liberal na década de 1960. “O que provaram, no entanto, foi que o atalho para a irrelevância é a mera relevância”, afirma o autor. Ele conclui: “Afinal, quem precisa obter mais daquilo que pode ser encontrado na cultura dominante?”.

O ponto não é que os cristãos (e os adventistas em particular) não devam ser relevantes para a sociedade na qual estejam inseridos. O livro se prontifica a esclarecer que, na tentativa de alcançar os demais com sua mensagem, muitas denominações se preocuparam tanto em se aculturar que acabaram assimilando valores do pensamento da sociedade, sendo absorvidas pela cultura dominante. “O cristianismo saudável deve, por necessidade, estar acima da cultura dominante e se apegar às verdades que a cultura julga detestáveis.” Como exemplo de que o cristianismo seja contracultural (nesse aspecto) Knight cita o sermão do monte, cujo sistema de valores “difere radicalmente daquele adotado pelo mundo e pela maioria das igrejas.”

Aos adventistas que ignoram as lições do protestantismo liberal, Knight adverte contra a insistente busca pela relevância nos seguintes termos: “Desperdiçamos tempo demais tentando tornar Deus um cavalheiro do século XXI ao apresentá-lo como um grande intelectual adventista ou um bondoso médico do hospital adventista.” Ao invés disso, deveríamos nos lembrar que temos uma mensagem profética a transmitir. “O Apocalipse de João é o julgamento da mentalidade pós-moderna, que evita qualquer certeza a respeito da verdade religiosa e procura em seu lugar uma espiritualidade nebulosa.”[2]

Mais recentemente, o teólogo adventista Fernando Carnale escreveu o bombástico artigo The eclipse of Scriptura and the protestization of the adventist mind [O eclipse da Escritura e a protestantização da mente adventista].[3] Carnale afirma ter detectado “profundas divisões teológicas presentemente operando na igreja adventista que não desaparecerão pela inércia ou pronunciamento administrativo. Assim, sua existência secularizará a mente das gerações mais jovens transformando o adventismo em uma denominação evangélica pós-moderna.” Ele escreve que o processo se acha ligado à forma como se busca fazer evangelismo. Com o intuito de atrair os jovens, “o ministério evangélico e o louvor tem se tornado pós-moderno, ecumênico, progressivamente independente da Escritura e mais próximo da Igreja Católica Romana.” Infelizmente, os adventistas têm adotado e reproduzido as mesmas práticas evangelísticas. Quais serão as consequências?

"As 'consequências não intencionais' desse curso de ação estão transformando o adventismo em uma genérica denominação secular e não bíblica. A emergência de uma nova geração de adventismo carismático ecumênico está em curso. Embora use as Escrituras funcionalmente, como um meio para receber o Espírito, esta geração não pensará ou agirá biblicamente." [4]

Diante desse quadro, é válido que se amplie a discussão sobre pós-modernidade. É bem verdade que o termo se ache divulgado, mas isso acaba contribuindo mais para confusões sobre seu real sentido. Com frequência, pós-moderno é um termo aplicado às artes (plásticas, em geral), justamente o contexto de onde se originou a expressão. Alguns aplicam pós-moderno a um estilo de se vestir ou se comportar. Enquanto tais entendimentos superficiais da pós-modernidade vigorarem, ficará difícil compreender com clareza os desafios que se interpõem entre o adventismo e sua missão.

[1]George Knight, A visão apocalíptica e a neutralização do adventismo: estamos apagando nossa relevância? (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2010).
[2]Idém, p. 20, 27.
[3]Fernando Carnale, The eclipse of Scriptura and the protestization of the adventist mind: Parte 1: The assumed compatibility with evangelical theology and ministerial practices, JATS, 21/1-2 (2010): 133-165.
[4]Idem, p. 133-135.


Fonte - Questão de Confiança

5 razões para rejeitar os escritos de Ellen G. White


Os adventistas acreditam na permanência dos dons espirituais (1 Co 12:4-7; 13:8-10) e compreendem que o dom de profecia é vigente entre o povo de Deus (1 Co 13:8; 14:5; Jl 2:28), constituindo-se um poderoso instrumento orientador. Reconhecem ainda que Ellen G. White (doravante, EGW), uma das pioneiras e mentoras do movimento, recebeu o dom de profecia, empregado ao longo de seu ministério de praticamente 70 anos. Uma análise do que EGW escreveu com os ensinamentos bíblicos revelaria a harmonia entre eles e sua coerência.

Entrementes, desde sua própria época até à contemporaneidade, EGW sofre críticas das mais diversas. Mesmo entre os professos adventistas, há aqueles que, velada ou abertamente, por ignorância ou decisão racional (ista), têm encontrado dificuldades de crer em seus escritos. Nesse espaço, refletiremos sobre algumas das motivações para isso.
Possivelmente, existiriam tantas motivações quanto há críticas. Para facilitar nossa reflexão, condensamos e categorizamos os fatores que levam à descrença e apresentamos algumas ponderações. Cremos que mesmo os não-adventistas, quer simpatizantes com o movimento ou seus ardorosos opositores, poderão se beneficiar dessas reflexões, uma vez que se encontram em posição distante o suficiente para avaliar os argumentos e tirar suas conclusões.

Benefício maior terão os adventistas que, caso concordem com a posição oficial da denominação, poderão (1) reconhecer as dificuldades de seus companheiros de jornada, (2) analisar os riscos que sua fé corre e (3) encontrar argumentos para continuar crendo; caso se sintam inclinados a descrer da autoridade profética de Ellen White, terão oportunidade de (1) reconhecer suas dúvidas, (2) refletir sobre suas motivações para descrer e (3) honestamente tomar um posicionamento claro, em face da natureza do adventismo (falaremos sobre esse ponto adiante).

Como esse texto é um ensaio popular e não um trabalho acadêmico, tomamos algumas liberdades. Uma delas, visível desde as primeiras linhas, é a abordagem despojada, o que facilitará um maior número de leitores a que tenham acesso à argumentação. Visamos a apresentação do assunto em linhas gerais, sem gastar tempo com detalhes técnicos, que podem ser encontrados em muitos recentes trabalhos de pesquisa. Ao mesmo tempo, optamos por uma linguagem mais amena, para que ninguém se sinta ofendido, embora, em alguns momentos, a veemência na defesa de alguns pontos seja requerida. Mas nunca o fazemos para magoar ou causar polêmica per si. Sinceramente, objetivamos apresentar a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3) e admoestar àqueles que estejam ensinando "outra doutrina", sempre com "com consciência boa, e de fé, sem hipocrisia" (1 Tm 1:3,5).

Feitas as considerações preliminares, passo à apresentação dos motivos mais frequentes para a rejeição dos escritos de EGW entre os adventistas:

1. Os escritos de EGW representam apenas a “luz menor”; devemos manter nossa fé na Bíblia: Os adventistas liberais na década de 1970's (e antes), apegaram-se à declaração da autora para justificar um rebaixamento de seus escritos, como se eles fossem inspirados em grau menor, em relação à Bíblia. Outro caso famoso: para justificar a disparidade de suas próprias opiniões com as de EGW, o teólogo adventista Desmond Ford argumentou que ela teria apenas autoridade pastoral. De fato, seria correto conceber que EGW recebeu inspiração menor se comparada a dos profetas bíblicos? É precária a argumentação, porque teríamos de admitir que a Inspiração é um fenômeno gradual, coisa estranha à Bíblia (2 Tm 3:15; note a expressão: "Toda escritura é inspirada", afirmando que os escritos inspirados são de mesma natureza, a despeito de seus enfoques e gêneros literários distintos). Os autores bíblicos sempre se consideraram inspirados, porque reconheciam a atuação do Espírito em suas mentes, embora não explicitem ou detalhem o modus operandi do fenômeno. Há escritos inspirados ou não inspirados; nada como mais ou menos inspirados. A expressão "luz menor" vem sendo entendida pela maioria dos teólogos adventistas em seu aspecto funcional: assim, a luz menor possuiria aplicação mais restrita, ou seja, esclarecer, demonstrar e aplicar conceitos mais gerais, encontrados na "luz maior", a Bíblia. Ainda assim, na prática, quando alguns alegam pejorativamente que os escritos de EGW são apenas a "luz menor", pressupõem um conflito insuperável entre eles e as Escrituras, ou pelo menos, a sua maneira de compreendê-las;

2. Os escritos de EGW contradizem a Bíblia, apresentando detalhes ausentes do texto sagrado: Na década de 1990's, Steven Daily escreveu sobre como deveria ser o adventismo voltado para a próxima geração. Um dos pontos sensíveis é resolver as tensões entre a Bíblia e os escritos de EGW decidindo-se por ficar sempre ao lado do primeiro livro. Para Daily as tensões não apenas são reais, mas insolúveis. Portanto, resta-nos descartar qualquer coisa proveniente da autora da qual se suspeite (mesmo que minimamente) contradizer a Bíblia. Porém, a proposta ignora que se dois tipos de escrito, admitidamente inspirados, mostram-se contraditórios, então ou a própria inspiração é questionável ou, ao menos, um deles não poderia ser considerado inspirado. Nesse sentido, vale o conselho de Paulo em 1 Ts 5:19-21, sobre avaliar as profecias, que alguns tomam desavisadamente como se o cristão devesse experimentar de tudo e "reter o que é bom". O contexto limita o exame à manifestações proféticas, que devem ser avaliadas conforme sua conformidade total às demais escrituras. Cf.: Is 8:19-20, 1 Jo4:1. Tudo indica que Daily já fez a escolha dele em favor da última opção. Claro que se trata de um falso dilema contrapor os testemunhos às Escrituras. Mesmo porque, se EGW repetisse exatamente as mesmas orientações encontradas na Bíblia, não precisaríamos em absoluto do que ela escreveu! A Verdade é progressiva (2 Pe 1:19). Em seu discurso profético (Mt 24), Jesus tomou vários pontos dos escritos de Daniel e outros profetas vetero-testamentários. Por seu turno, Paulo reelaborou os conceitos do discurso de Cristo e ainda encontramos ampliações dele no livro de Apocalipse. É natural que o profeta posterior expanda seus antecessores. O próprio Jesus criticou a prática de valorizar profetas passados em detrimento dos contemporâneos (Mt 23:29-30), ao passo que cada profeta é o teste para a devoção obediente de sua geração (v. 34-35). Em parte, essa confusão se estabelece devido a falsos conceitos relacionados às influências da cultura sobre os escritos de EGW;

3. Os escritos de EGW representam a visão particular da autora, uma senhora vitoriana que viveu num contexto de evangelicalismo tradicional: a compreensão do contexto cultural em que viveu determinado profeta sempre é útil para compreensão de sua mensagem. Infelizmente, a Alta Crítica dos séculos XVIII e XIX eliminou o fator sobrenatural da Inspiração, creditando a matéria bíblica apenas ao elemento humano. As Escrituras deixaram de ser a Palavra inspirada por Deus para se tornar a palavra de homens místicos. Não se tratava do que Deus dizia, mas do que diziam acerca dEle. O método histórico-crítico, com seus pressupostos naturalistas, ainda sobrevive e, infelizmente, influencia teólogos adventistas, que o adotam integralmente ou de forma adaptada. Como não poderia deixar de ser, a consequência natural é estender essa compreensão aos escritos de EGW, limitando-os ao seu próprio cercado histórico bem delimitado. Quando se parte dessas pressuposições, tanto a Bíblia quanto os testemunhos têm pouco a dizer para o homem do século XXI. Pode-se extrair um princípio aqui ou acolá, mas a maioria das diretrizes estariam "contaminadas" por uma cultura tão distante da nossa que seria ilógico adotá-la por meio de seus princípios. Daí teríamos espaço (na melhor das hipóteses) para o existencialismo cristão, o qual talvez ecoe na abordagem meramente devocional dada aos escritos de EGW, ou na conclusão de que o que ela escreveu não passe de "conselhos", nada que chegue a ser normativo. Obviamente, não há fundamento bíblico para limitar um escrito inspirado à sua cultura. Não estamos negando a influência cultural sobre indivíduos. Mesmo Deus Se sujeitou em diversas ocasiões à cultura humana, como quando Se revelou aos profetas judeus ou encarnou na Palestina do I século. Porém, Deus é um Ser real, e de uma realidade que transcende a cultura. Sua revelação, embora se expresse dentro de culturas particulares, é fruto da obra do Espírito Santo, que de fato falou a indivíduos em dado tempo e espaço (1 Pe 2:20-21). Em conexão com a prática de datar os escritos de EGW, está a acusação de que eles representam um estágio anterior do evangelicalismo, marcado por legalismo e severidade;

4. Os escritos de EGW representam um cristianismo legalista: As normas de conduta, vestuário, namoro, alimentação e vida cristã encontradas na pena de EGW parecem severas, exageradas e antiquadas. Como sustentá-las? Algumas até parecem suficientemente constrangedoras para admiti-las em público! Ainda assim, por seu compromisso com doutrinas bíblicas, tais quais a observância dos dez mandamentos e o respeito às leis dietéticas, os adventistas são taxados naturalmente de legalistas pelos evangélicos em geral. Seriam, então, as Escrituras, fonte de legalismo? Em verdade, temos de entender que o liberalismo teológico e a própria liberdade irrestrita advogada pela pós-modernidade favorecem o entendimento de que o indivíduo deve criar suas próprias regras. Quaisquer normas para além disso seriam absurdas - mesmo as que Deus tenha a transmitir. Temos de nos lembrar que mesmo o apóstolo Paulo, o autor do NT que mais lutou contra práticas legalistas, defendeu que os cristãos foram salvos para as "boas obras" (Ef 2:8-10), investindo praticamente em cada fim das epístolas que escrevia sobre necessidade de observar normas específicas de conduta, chegando ao ponto de dizer o que deveria ocupar nosso pensamento (Fl 4:8)! Para justificar a rejeição de porções específicas dos escritos de EGW, muitos adventistas alegam que seriam seções não inspiradas, fruto ou de plágio de autores de sua época ou mesmo de interpolações e acréscimos feitos pelos editores e depositários de seus escritos;

5. Os escritos de EGW são resultado de plágio e constantes adulterações por parte dos depositários de seu patrimônio literário: Desde a publicação de The White Lie, de Walter Rea, acusações ad hominem se multiplicam contra EGW, principalmente a de plagiadora. Possivelmente, D.M. Canright, o primeiro grande apóstata do adventismo, seja o autor dessa acusação, que se sofisticou ao longo do tempo. De fato, EGW recorre a expressões e material de autores de sua época. Isso diminuiria a inspiração de seus escritos? É mister lembrarmos que até os autores bíblicos recorrem a citações de escritores de sua época: Paulo cita o poeta Arato, em sua obra Os fenômenos(At 17:28) e Judas cita o livro apócrifo de Enoque (Jd 14-15). A Inspiração pode selecionar materiais e usá-los conforme seus propósitos. Lucas mesmo admite ter escrito seu evangelho não por meio de visões ou aparições de anjos, porém baseado em "acurada investigação", entrevistando "testemunhas oculares" - nem por isso, admitir-se-ia que seu evangelho fosse menos inspirado! Quanto às acusações contra os depositários, os documentos do patrimônio EGW estão abertos à consulta e atualmente, quanta coisa digitalizada, fica mais fácil para qualquer pessoa averiguar os escritos originais. Geralmente, quem se sente contrariado pela Revelação, costuma reagir acusando adulteração dos originais, semelhante à senhora anti-trinitariana que encontrei que acusava os tradutores da Bíblia de torcerem o texto de Mt 28:18-20 (ainda que não haja variantes textuais do texto e todos os manuscritos suportem a tradução encontrada em nossas versões bíblicas atuais).

Diante de tudo o que expusemos, resta uma decisão. Ou descrermos ou crermos. Evidente que isso tem de ser ponderado e, com espírito de oração, a pessoa sentir que Deus a guia em uma decisão racional. Não é por coincidência que muitas críticas feitas aos escritos de EGW possam ser voltadas contra as Escrituras e vice-versa. A natureza da Revelação é uma só. Se eu encontrasse motivos para descrer da EGW, teria de agir de forma lógica e coerente, rejeitando igualmente a matéria bíblica. Entretanto, Deus tem me conduzido à aceitação de tudo o que Ele inspirou e revelou. Acredito ainda que ser adventista sem aceitar a autoridade profética de EGW em questões como adoração, alimentação, conduta pessoal ou qualquer área da vida cristã é não ser autenticamente adventista. Melhor seria adotar outra confissão cristã. Sei que se trata de uma decisão particular. Porém há um efeito dominó: quem rejeita os escritos de EGW, logo passará a descrer de outros aspectos da fé adventista (o juízo pré-advento se iniciando em 1844, o sábado, a reforma de saúde, etc). Até que ponto seria possível ser adventista [do Sétimo Dia] sem crer nessas coisas?

domingo, 2 de dezembro de 2012

A grande influência do amor de pai

Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença em nossa vida. Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego.”
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato de essas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10 mil participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.

Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar. Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem ser resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?
(Hypescience)



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Língua

Tg 3:6 "Ora, a língua é fogo: é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesmo em chamas pelo inferno".

Fervorosos esforços devem ser empenhados em cada igreja, a fim desuprimir o espírito de calúnia e crítica, que é o que maior dano causa à igreja. A dureza e o hábito de criticar as faltas de outros devem ser reprovados como obra do diabo. Cumpre fomentar e robustecer nos crentes o amor e a confiança mútua. Oxalá que, movido pelo temor de Deus e amor dos irmãos, cada qual feche os ouvidos aos mexericos e acusações, apontando ao delator os ensinos da Palavra de Deus. Seja ele admoestado a obedecer às Escrituras, levando sua queixa diretamente às pessoas que supõe em falta. Esta maneira de agir, generalizada na igreja, daria em resultado uma plenitude de luz e bênção, fechando a porta a um dilúvio de males. Deus seria assim glorificado e muitas almas salvas. (Testemunhos Seletos, V2, 252)

Ninguém engane sua própria alma nesta questão. Se abrigardes o orgulho, o amor-próprio, o desejo de supremacia, vanglória, ambição egoísta, murmuração, amargura, maledicência, mentira, engano e calúnia, não tendes Cristo em vosso coração, e as evidências demonstram que tendes a mente e o caráter de Satanás, e não o de Jesus Cristo, que era manso e humilde de coração. Deveis ter um caráter cristão que subsista. Podeis ter boas intenções, bons impulsos, podeis falar compreensivelmente a verdade, mas não estais habilitados para o reino dos Céus. Vosso caráter tem em si um material desprezível, que destrói o valor do ouro. Não alcançastes a norma. Não tendes em vós o cunho divino. Os fogos da fornalha consumir-vos-iam, porque sois ouro inútil, falso. (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 441)

Sl 101:5 "Ao que às ocultas calunia o próximo, a esse destruirei;".


fonte 


Nota: Será que isso ocorre hoje, entre nós? Será que quando criticamos a roupa que alguém veste, quando espalhamos o defeito de caráter de alguém, quando vemos o irmão que transgrediu o sábado e saímos divulgando a "notícia", não estamos fazendo a obra do Diabo? 
E quando fazemos a mesma coisa, mas na brincadeira, apenas "mangando" do defeito da pessoa, "tirando onda", isso torna essa uma prática saudável?
E mais: Será que esse princípio só aplica ao trato entre irmãos? Podemos criticar também a pessoa do mundo, que anda em pecado? 
Deus nos ajude a afastarmos esse espírito de nós...

sábado, 22 de setembro de 2012

Cafeína: o assassino da inteligência emocional



A dica de hoje para aumentar sua inteligência emocional é a mais simples e direta que você poderia receber. Para muitas pessoas, essa dica pode ter um impacto sobre sua inteligência emocional (IE) maior do que qualquer outra coisa. O truque? Você tem que cortar o consumo de cafeína e, como qualquer consumidor de cafeína pode atestar, é mais fácil falar do que fazer. A maioria das pessoas começa a beber cafeína porque ela faz com que elas se sintam mais alertas, além de melhorar o humor. Muitos estudos sugerem que a cafeína realmente melhora o desempenho de tarefas cognitivas (memória, atenção, etc.) no curto prazo. Infelizmente, esses estudos não levam em conta os hábitos de consumo de cafeína dos participantes. Uma nova pesquisa da Johns Hopkins Medical School mostra que o aumento do desempenho devido à ingestão de cafeína ocorre porque seus consumidores experimentam uma reversão de curto prazo da retirada da droga. Controlando o uso de cafeína nos participantes do estudo, os pesquisadores da Johns Hopkins descobriram que a melhora de desempenho relacionada a ela é inexistente sem sua retirada. Em essência, a saída da cafeína reduz seu desempenho cognitivo e tem um impacto negativo sobre o humor. A única maneira de voltar ao normal é bebendo mais cafeína, o que dá a impressão de que ela o está levando novamente às alturas. Na realidade, porém, a cafeína só está levando seu desempenho de volta ao normal e por um curto período.

Beber cafeína provoca a liberação de adrenalina. A adrenalina é a fonte da resposta “bater ou correr”, um mecanismo de sobrevivência que o obriga a se levantar e lutar ou correr para as montanhas, quando confrontado com uma ameaça. O mecanismo de luta ou fuga evita o pensamento racional em favor de uma resposta mais rápida. Isso é ótimo quando um urso o está perseguindo, mas não tão bom quando você está respondendo a um e-mail breve. Quando a cafeína coloca seu cérebro e seu corpo dentro desse estado hiperestimulado, suas emoções assumem o controle do comportamento.

Irritabilidade e ansiedade são os efeitos emocionais da cafeína mais comumente vistos, mas, na verdade, a cafeína permite que todas as suas emoções assumam o comando.

Os efeitos negativos de uma onda de adrenalina gerada pela cafeína não são apenas comportamentais. Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, descobriram que grandes doses de cafeína aumentam a pressão sanguínea, estimulam o coração e produzem respiração rápida e superficial, o que os leitores de Inteligência Emocional 2.0sabem que priva o cérebro do oxigênio necessário para manter seu pensamento calmo e racional.

Quando você dorme, seu cérebro literalmente se recarrega, embaralhando as memórias do dia e armazenando ou descartando-as (o que provoca os sonhos), de modo que você acorda alerta e lúcido. Seu autocontrole, sua atenção e memória são reduzidos quando você não tem a quantidade suficiente – ou o tipo correto – de sono. Seu cérebro é muito volúvel quando se trata de dormir. Para você acordar se sentindo descansado, o cérebro precisa se mover através de uma série elaborada de ciclos. Reduzindo sua ingestão de cafeína, você pode colaborar com esse processo e melhorar a qualidade do sono.

Aqui está por que você vai querer fazer isso: a cafeína tem um prazo de seis horas de meia-vida, o que significa que ela terá um total de 24 horas para percorrer o caminho para fora do seu sistema. Tome uma xícara de café às oito da manhã e você ainda terá 25% da cafeína em seu corpo às oito da noite. Qualquer bebida com cafeína que você beber depois do almoço ainda terá 50% do seu efeito total na hora de dormir. Qualquer cafeína em sua corrente sanguínea – e os efeitos negativos aumentam conforme a dose – tornará mais difícil pegar no sono.

Quando você finalmente cair no sono, o pior ainda estará por vir. A cafeína atrapalha a qualidade do seu sono, por reduzir o movimento rápido dos olhos (REM), o sono profundo, quando seu corpo se recupera e processa emoções. Quando a cafeína perturba seu sono, você acorda no dia seguinte com uma desvantagem emocional. Naturalmente, você vai ser inclinado a pegar uma xícara de café ou uma bebida energética para tentar se sentir melhor. A cafeína produz picos de adrenalina, o que provoca sua desvantagem emocional. Cafeína e falta de sono deixa você se sentindo cansado na parte da tarde, assim você bebe mais cafeína, o que deixará ainda mais da substância em sua corrente sanguínea na hora de dormir. Cafeína muito rapidamente cria um ciclo vicioso.

Como qualquer estimulante, a cafeína é fisiológica e psicologicamente viciante. Se você optar por reduzir seu consumo de cafeína, deve fazê-lo lentamente sob a orientação de um profissional médico qualificado. Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins descobriram que a retirada da cafeína provoca dor de cabeça, fadiga, sonolência e dificuldade de concentração. Algumas pessoas relatam sentir sintomas de gripe, depressão e ansiedade depois de reduzir o consumo por tão pouco como uma xícara por dia. Lentamente, afinando sua dose de cafeína por dia, pode reduzir consideravelmente os sintomas de abstinência.

(Forbes; tradução: Tomaz A. de Jesus)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Refrigerantes engordam por uma razão diferente da esperada


Uma nova pesquisa da Universidade de Bangor (EUA) descobriu que os refrigerantes não só engordam as pessoas, mas também fazem com que seja mais difícil emagrecer.

11 pessoas, homens e mulheres, com cerca de vinte anos, participaram da pesquisa, que durou um mês e envolveu análise de sangue, tecido muscular e metabolismo corporal.

Segundo os pesquisadores, porque é difícil encontrar jovens que não tenham sido previamente expostos a uma grande quantidade de refrigerantes, e que estejam dispostos a passar por biópsias musculares, o estudo foi pequeno, mas seus resultados foram tão significantes que um estudo maior está sendo planejado.

O que eles concluíram é que beber refrigerantes açucarados (assim como outras bebidas com alta concentração de açúcar) por apenas um mês muda o corpo permanentemente, tornando a perda de peso mais difícil.

Isso acontece porque a ingestão regular dessas bebidas altera a maneira como o corpo “queima” combustível. Os músculos passam a “preferir” o açúcar como combustível, e a perda de peso se torna mais difícil. Esse efeito, a longo prazo, pode elevar os níveis de glicose no sangue, levando à diabetes.

“Essa ‘preferência’ pelo açúcar leva a uma capacidade reduzida de queimar gordura e ao ganho de gordura, além de tornar mais difícil para o nosso organismo lidar com o aumento do açúcar no sangue”, explica o cientista Hans-Peter Kubis.

“O que está claro é que o nosso corpo se ajusta ao consumo de bebidas açucaradas regularmente e se prepara para essa dieta alterando o metabolismo muscular através de atividade genética, incentivando adaptações insalubres nos genes, semelhantes às observadas em pessoas com problemas de obesidade e diabetes tipo 2”, comenta.

Ou seja, o açúcar, por si só, não aumenta nosso peso, mas sim a maneira como ele faz o nosso corpo armazenar mais açúcar.

Sendo assim, qualquer bebida com alto nível de açúcar (mesmo sucos industrializados) pode ser muito prejudicial à saúde.

Kubis sugere que os governos precisam tomar medidas contra o consumo exagerado de refrigerante, por exemplo, aumentar os impostos sobre a bebida para diminuir sua fabricação e compra.

Até porque esse não é o primeiro estudo que aponta desvantagens do refrigerante. Muitas pesquisas já apontaram diversos outros problemas que a bebida causa, como envelhecimento precoce, câncer, problemas dentários, neurológicos, paralisia, além de potencialmente viciar, poder causar infertilidade, vir em latas tóxicas, causar poluição e até mesmo matar se consumida em excesso.

Fonte: Daily Mail

sábado, 28 de julho de 2012

Testemunho pessoal do pastor Vilmur C. Medeiros (ex-reformista)






Baixe de graça a apostila do pastor Vilmur no link: 


http://www.mediafire.com/?5w9b1keh7l951n1

Não tendo tido o magno privilégio de conhecer diretamente a Igreja Adventista; em 1964 uni-me ao chamado "Movimento de Reforma" de 1914 (SMI-ASDMR).

Pensando ser esse grupo a verdadeira igreja, comecei a empregar meus humildes talentos em levar a mensagem aos que não a conheciam. Nasceu-me o desejo de ser colportor, abandonei os estudos, e dediquei-me ao trabalho diligentemente. Mais tarde fui incluído entre os obreiros bíblicos e posteriormente ocupava-me com a liderança do departamento de colportagem da "União Brasileira" do movimento em questão. Esta União compreende todo o território nacional.

Considerando que a especialidade dos obreiras reformistas é combater a Igreja Adventista – aprendi também, muito cedo, a fazer o mesmo, pensando, como Saulo de Tarso, estar realizando um serviço para Deus. Procurando alcançar mais conhecimento e também mais eficiência a fim de poder convencer aos próprios obreiros adventistas, que julgava estarem errados, dediquei-me ao estudo cuidadoso dos Testemunhos do Espírito de Profecia. Assim, involuntariamente, encontrei passagens que pareciam não se harmonizar com os ensinamentos do "MOVIMENTO DE REFORMA". Outros textos pareciam conduzir-me à compreensão de que não se justificava a existência de outro (s) movimento (s) além daquele surgido, como cumprimento de profecia em 1844. Procurava, e em constantes trocas de idéias com colegas obreiros, justificação para a existência do "Movimento de Reforma" a despeito dessas impressionantes passagens e o resultado era este: Aparente ou temporariamente parecia estarem os reformistas com a razão. Mas a intranqüilidade motivada por pequenas dúvidas continuavam na mente ao reconsiderar, muitas vezes, na calada da noite, aqueles textos.

Investido de diversas responsabilidades, passei a participar das reuniões de comissão, de conferências organizadoras da "Associação Paraná, Santa Catarina", bem como da "União Brasileira". Entristecia-me ao observar que o "organograma" (aliás inexistente) não passava de uma máquina emperrada, porquanto a realidade, entre os reformistas, é que existe grande desorganização administrativa, ausência de atividade missionária e falta de progresso em todos os setores.

Ao contemplar esse quadro tão desolador, pensava comigo mesmo: "Se a igreja de Deus em todos os tempos prosperou de maneira maravilhosa, apesar de apresentar ao mundo um caminho estreito, por que a igreja a que pertenço não prospera? Preocupado com a questão, vinham-me à mente pensamentos como os que se seguem:

1 – A Igreja Adventista é acusada de ser "Babilônia", "prostituta", "gaiola" (de toda ave imunda e aborrecível), etc. Por que a "Reforma", com todas essas acusações não consegue se ombrear com a acusada que e tão organizada e progressista em todos os seus departamentos? Em Testemunhos para Ministros lemos: "Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra." (TM, p. 26). Como harmonizar a desorganização da "Reforma" com essa Passagem?

2 – Ao mesmo tempo em que os Testemunhos insistem enfaticamente sobre a grande necessidade de ampliação dos conhecimentos em geral para que o Evangelho avance dignamente em nossos dias, por que razão a liderança do "Movimento de Reforma" é constituída essencialmente de elementos carentes de cultura? Por que razão esses líderes se incompatibilizam com os membros que procuram melhorar seu padrão cultural através de cursos universitários?

3 – Nas páginas 19 e 20 do livro Evangelismo lemos a respeito da sempre crescente influência do evangelismo, obra de extensão mundial, executada pela Igreja Remanescente já antes da chuva serôdia. Por que o Movimento de Reforma é constituído de um número estacionário de membros em alguns países apenas? Não seria isso resultado dos constantes litígios e conseqüentes separações que, por sua vez, têm lugar pelo fato de não ser esse movimento guiado por Deus?

4 – Por que leio tanto nos Testemunhos (Evangelismo, p. 413, etc.) sobre a necessidade de hospitais e escolas em todas as partes do mundo quando essa condição nunca se cumpre na igreja da "Reforma"? Não é essa igreja proprietária de apenas uma mal montada, mal administrada clínica que não passa de uma precária casa de banhos?

A única escola de nível fundamental existente funcionou durante um lustro, no máximo, nos anos 60 e foi fechada por determinação da direção. Isto me levava à dolorosa dúvida: Estaria Deus dirigindo esse movimento?

5 - Por que o programa "A Voz da Profecia" iniciou suas atividades modestamente e hoje se utiliza de milhares de emissoras na transmissão de mensagens para milhões, conseguindo batizar multidões, quando o programa "A Verdade Presente" só faz algumas tentativas sem sentido e sem êxito?

6 – Em Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 140 leio uma importante mensagem encabeçada pelo título "Nossas Casas Publicadoras". Como isso se pode cumprir a não ser na Igreja Adventista do Sétimo Dia?

A editora da reforma localiza-se no Brasil. Publica apenas poucas compilações que são monopólio de um único autor. Ademais a quase totalidade desses livros não contém mensagem evangelizadora.

Logo que me foi confiada a direção do Departamento de Colportagem da União Brasileira. Conscientizando-me das minhas sérias responsabilidades tornei a ler o pequeno grande livro O Colpotor Evangelista. No capítulo "Os Grandes Livros de Nossa Mensagem" (Pág. 123) saltou-me claramente aos olhos que os livros O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, e especialmenteO Grande Conflito deveriam ser espalhados como folhas de outono por serem portadores da mensagem de que o povo necessita. Quem preenche esta condição? Não é porventura a Igreja Adventista do Sétimo Dia?

7 – A que conclusão chego ao cotejar o livro História de Nossa Igreja, publicado pela Casa Publicadora Brasileira, com o livro que conta a história da "Reforma", escrito por um de seus eminentes líderes (Livro do Pecado)? A que conclusão chego ao comparar as palavras finais desse livro com o recibo de venda, assinado pelo pastor que hoje é secretário da Conferência Geral com sede em Nova Jersey? São as seguintes as palavras do epílogo desta obra: "Esses materiais são para nossos obreiros... Não é certo deixá-los nas mãos daqueles que estão fora da igreja..."

Somando-se esses fatos às dissenções, brigas, separações, etc. contidas nesse livro a que conclusão chego ao contemplar a mensagem contida em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 254? Aí encontramos o seguinte: "É chegado o tempo para realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta... Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito."

8 – Por que a irmã White deu mensagens de estímulo e confiança à Igreja Adventista e a seus líderes até 1915 quando morreu fiel nessa igreja? Por que não fez ela nem sequer referência ao movimento de 1914?

9 – Estou pertencendo à igreja verdadeira ou a um ramo transviado sem razão de existência dentro da profecia? Porventura não estou trabalhando contra Deus como Saulo na estrada de Damasco?

Estes pensamentos ocorriam especialmente após tanta discussão contra obreiros adventistas. A leitura constante de toda a série de folhetos publicados contra a igreja adventista era incapaz de solver as dúvidas nascentes.

Diante destas e de tantas outras incoerências resolvi fazer uma investigação minuciosa dos Testemunhos mediante oração para que eu pudesse compreender a verdade. Certa tarde, em princípios de junho de 1973 chegando a casa lancei mão de alguns livros e, tremulamente ajoelhei-me suplicando a Deus que me abençoasse com Sua iluminação para aquele momento decisivo para minha vida espiritual. Roguei ao Senhor que se o "Movimento de Reforma" fosse a verdade , que Ele banisse as minhas dúvidas. Se por outro lado a Igreja Adventista do Sétimo Dia, contra a qual sempre havia trabalhado, fosse Sua Igreja, que Ele me desse uma compreensão clara a respeito, e uma certeza absoluta.

O Senhor foi muito bondoso para comigo respondendo-me à medida que perscrutava as páginas inspiradas. Abriram-se-me os olhos e, em traços claros e inequívocos, pude compreender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, apesar de defeituosa e fraca é ainda a Sua Igreja e o será até o fim. Compreendi que ela não fora rejeitada em 1914. O resultado foi que meus terrores foram substituídos por uma paz profunda. Uma alegria incontida e perfeita certeza que inundaram meu coração. Pedi a Deus perdão de tudo o que eu vinha fazendo contra a Sua Igreja e agradeci a Ele por ter recebido tão clara e inconfundível resposta.

Quanto a mim não havia mais problema. Meu caso estava solucionado, felizmente. Porém, desejei que meus familiares, a começar por minha esposa viessem a ter a felicidade que eu sentia, compreendendo que não estávamos trilhando o carrinho certo. Comecei a orar a Deus a fim de iniciar um trabalho cauteloso com os membros de minha família. Alguns dias após minha decisão apresentei à minha esposa o que Deus me havia revelado.

Para minha alegre surpresa, o Espírito de Deus trabalhou maravilhosamente e ela não teve nenhuma dificuldade em entender, tomando posição ao lado da igreja do Senhor. Isto não apenas influenciada por mim mas por suas próprias ilações e convicção. Juntos agradecemos a Deus pela grande bênção recebida e imploramos a Ele que nos conduzisse no trabalho que cumpria iniciar com os demais familiares ... Oramos, jejuamos, e em seguida viajamos para Cambará (Norte do Paraná) onde reside quase toda nossa parentela.

Ao chegarmos lá ficamos maravilhados ao percebermos que Deus estava guiando os acontecimentos. No momento oportuno anunciamos aos nossos queridos a finalidade de nossa visita extemporânea e em seguida lhes apresentamos a mensagem da verdade. A princípio houve alguma oposição (o contrário não era de se esperar) pelo fato de já pertencerem ao "Movimento de Reforma" havia 15 anos. Mas o Espírito Santo operou de tal maneira que compreenderam que estiveram enganados por longo tempo. Houve um misto de alegria e tristeza, mas apesar dos prantos que se seguiram, a alegria de terem encontrado a verdade logo substituiu o sobressalto. Então todos exclamamos: "Isto é um milagre de Deus".

Depois de tudo isso, fomos ter com o diretor do trabalho missionário da Igreja Adventista de Cambará a fim de relatar-lhe o ocorrido. Quando lhe dissemos: "Irmão José, nós agora somos adventistas", ele demorou a crer, mas ao ver que realmente era verdade o que estávamos dizendo, não se conteve. Chorou de emoção e nos abraçou. A grande barreira de separação foi desfeita, uma alegria imensa vibrou em nosso coração, pois agora éramos irmãos.

Como eu antes de viajar a Cambará estivera na sede da Associação Paulista da IASD comunicando a minha decisão, e, como em Cambará houve necessidade de mais ajuda, solicitamos a presença de alguém de S. Paulo. Assim foi enviado o irmão Giácomo Molina acompanhado de um pastor adventista, e a atuação foi oportuna.

No dia 16 de junho a igreja adventista em Cambará estava em festa: aproximadamente 40 novas pessoas estavam presentes para assistirem a reunião da Escola Sabatina. Houve abraços afetuosos, encontros deveras agradáveis e palavras de gratidão a Deus pelo que Ele havia feito. Dali para cá o templo da "Reforma" ficou ainda de portas abertas, mas de bancos praticamente vazios.

A presença do pastor distrital, irmão Harald Link, também se fez sentir em nosso meio; e no dia 26 de agosto de 1973 tivemos a alegria de, num total de 20 (vinte) almas, passarmos pelas águas batismais na Igreja de Deus. Posteriormente outros reformistas foram batizados em Cambará, Ponta Grossa, Umuarama, etc., além de muitos irmãos que em S. Paulo tomaram decisão idêntica.

As bênçãos que recebemos do Senhor são de valor inestimável. Por isso nossa gratidão a Ele jamais terá fim. Hoje, depois de cursar Teologia no IAE, trabalho como pastor distrital na Associação Paulista Leste. Sim, ao relembrar como Deus nos guiou exclamo com meus colegas e irmãos egressos do mesmo "Movimento": '"Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres." Salmos 126:3, "Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos." Salmos 118:23.

Fonte: Apostila "O Movimento de Reforma de 1914 e o Espírito de Profecia"

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Diga não ao futebol, sim à família


O que você faria se alguém o atacasse, caluniando-o como corrupto ou um indivíduo que vive à custa de propina? O que você faria se uma instituição o injuriasse, agredindo-o verbalmente ou por escrito? O primeiro sentimento é de revolta, de indignação, de vontade de devolver a ofensa com um processo na Justiça. Se fosse o Manoel da panificadora, provavelmente você não iria mais comprar pão e leite no estabelecimento dele. Se fosse o diretor da escola, você iria parar de pagar a mensalidade e solicitar a transferência dos filhos. Se a agressora fosse uma marca famosa de vestuário ou perfume, é de se pensar que ela amargaria um prejuízo gigantesco com a sangria da clientela. E se fosse a entidade maior do futebol mundial? Nesta semana, em documento oficial, essa entidade afirmou que não percebe diferenças entre os corruptos e a população da América do Sul e da África (confira). Para eles, “todos somos corruptos” e vivemos de “propina”. Qual será a sua reação?

Quem dirige essa entidade? Indivíduos que vivem à custa de trabalhadores, que torram parte de seus salários nas arenas pós-modernas. Os dirigentes dessa entidade não fazem nada na vida que valorize seus polpudos soldos, a não ser tecer a rede de conluios com governantes e políticos (por sinal, corruptos). São pessoas que se relacionam com os piores tipos de governantes do mundo. Quem é a Suíça, país-sede do futebol? País que tem bancos com contas secretas, cujos numerários, joias, pedras preciosas, obras de arte e títulos de valores são provenientes de nações que tiveram seus tesouros dilapidados por políticos mal-intencionados e genocidas. Ao terem conhecimento disso, os banqueiros suíços são coparticipantes da roubalheira mundial. E pior, até mesmo de assassinatos em massa nas conflagrações civis ao redor do planeta. Basta olhar para a História há 70 anos e verificar por que a Suíça não foi invadida pelos alemães (estranho, muito estranho!) e como os helvéticos ficaram riquíssimos com o saque dos judeus promovido pelos nazistas. A instituição gestora do futebol é um órgão que tem culpa no cartório (leia Como Eles Roubaram o Jogo, de David Yallop).

É inaceitável que cristãos, que aguardam a vinda de Jesus, sejam tão “fieis” ao futebol quanto ao Senhor. É absurdo que cristãos queimem, literalmente, seu salário em fogos de artifício e, de quebra, prejudiquem o sono e o descanso de outros que nada têm que ver com a “liturgia” nos “templos” erigidos às “divindades da bola”. Sabemos que é coisa difícil convencer pessoas ao boicote contra o futebol, parte da cultura brasileira, do DNA de cada cidadão, mas deveríamos aproveitar para mudar o estilo de vida com o propósito mais saudável, tanto do ponto de vista físico e biológico, como espiritual. Então, por que não planejar desde agora um mês de viagem, acampamento ou retiro da cidade em junho-julho de 2014 e de “desligue a TV”, “não vá aos estádios”, “fique mais perto de Jesus”?

Quatro experiências pessoais: (1) Atuei durante seis meses na equipe que organizou a cobertura da Olimpíada de Atlanta. Minha função era auxiliar o editor-chefe de Esportes a levantar o histórico dos jogos, entrevistar personalidades junto aos esportes e promover a agenda dos jogos. Suportei seis meses em uma guerra de vaidades, envolvendo repórteres, empresários, dirigentes, atletas. Optei pela política. (2) Um dos diretores de redação era um ex-jogador, atacante promissor, mas que escolheu a universidade e a redação aos 19 anos. Por quê? Porque ele sabia que os jogos eram arranjados, manipulados. (3) Assisti ao Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo de 2009, em São Paulo. Nele, ficou claro que a Copa resultaria em um prejuízo bilionário para a África do Sul e, talvez, quase trilionário para o Brasil. (4) Certo cliente do meu sogro era diretor de um clube de renome. Um dia, ele perguntou se o diretor poderia doar umas camisas para ele entregar aos netos de presente. O diretor respondeu-lhe que não fizesse isso com os netos, pois nem ele fazia com os dele. Por quê? Ele explicou que era para contar aos netos que futebol profissional não é um esporte honesto, que eles não perdessem tempo assistindo a qualquer partida. Jogassem no campinho como atividade recreativa, mas não usassem as camisas dos clubes, a fim de não colaborar com a desonestidade. No fim da conversa, ele esclareceu dizendo que, anualmente, os diretores dos três clubes da capital se reuniam para decidir quem seria o campeão do próximo ano. Aqueles que ficassem de fora do título, receberiam os bônus, em forma de casas, automóveis, viagens, mulheres, dinheiro. Por que vou perder meu tempo assistindo futebol? Eu sei que muitas dessas coisas que foram escritas aqui, aqueles que são honestos e têm bom senso deveriam conhecer.

Dedique o tempo que você perde durante a semana, em frente à TV ou em um estádio, permanecendo mais com a família, com os amigos que não são iludidos por essa camarilha do país helvético. Somos sul-americanos, com orgulho, e não podemos aceitar que uma instituição espúria nos ataque desse modo. Já não basta a entidade gestora do futebol haver dinamitado a soberania do Brasil impondo uma legislação própria? Vamos dar um chute nas más-intenções dessa entidade. Abrace essa causa e diga “não” à entidade-mor do futebol, “não” à Copa das Confederações de 2013, “não” à Copa do Mundo de 2014. Sabemos que iremos pagar essa conta o resto de nossa vida. Entretanto, deve ficar claro que “a Copa pode até afundar o Brasil, mas não a minha relação com Deus e com a família”.

(Ruben Dargã Holdorf é jornalista e professor universitário)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dez Estratégias de Manipulação Midiática


O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “Dez estratégias de manipulação” através da mídia:

1. Estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

2. Criar problemas, depois oferecer soluções. Esse método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. Estratégia da gradação. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. Estratégia do deferido. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para se acostumar com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chega o momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

8. Estimular o público a ser complacente na mediocridade. Promover no público a ideia de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9. Reforçar a revolta pela autoculpabilidade. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de se rebelar contra o sistema econômico, o individuo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo no qual um dos efeitos é a inibição da ação. E, sem ação, não há revolução!

10. Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física quanto psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce controle maior e grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si mesmos.

(Instituto João Goulart)

Nota do blog Diário da Profecia: “A plena semelhança com os dias em que vivemos não é mera coincidência. Sem contar que esse estado de alienação que vem sendo verticalmente disseminado na massa é algo absolutamente necessário para a caracterização do quadro profético esperado nos últimos dias deste planeta.”

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mistério: O que causou o Dia Escuro?


O fenômeno aconteceu em 19 de maio de 1780 na Nova Inglaterra (EUA) e Canadá, e foi conhecido como o Dark Day ou Dia Escuro. Pelo nome, você já entendeu: foi um dia escuro. Nos últimos 232 anos, historiadores e cientistas têm discutido a origem do evento: seria um vulcão, uma nuvem de fumaça, um asteroide, ou algo mais sinistro? Com o pouco conhecimento da época, as pessoas estavam com medo, e alguns advogados de Connecticut (EUA) achavam que estava ocorrendo o Julgamento Final, principalmente porque nos dias anteriores, tanto o sol quanto a lua tiveram uma luz avermelhada. Mas o que poderia ter acontecido naquele dia de 1780?

O Departamento de Meteorologia apontou que uma nuvem espessa poderia baixar o suficiente para fazer as luzes das ruas acenderem e os carros terem que ligar os faróis. Mas é improvável que uma nuvem fosse capaz de causar todos os eventos do Dia Escuro. Um eclipse também foi descartado, por que esses eventos são previsíveis, e não há registro de um naquele dia. Além do mais, eclipses duram poucos minutos.

Outra possibilidade seria a erupção de um vulcão – a erupção do Eyjafjallajokull espalhou cinzas na atmosfera o suficiente para obrigar aeroportos a cancelarem pousos e decolagens por toda a Europa Setentrional. Além disso, as cinzas vulcânicas podem causar “dias amarelos”. Só que não há registro de atividade vulcânica naquele ano de 1780, o que faz com que uma nuvem vulcânica seja improvável. E a queda de um asteroide também é improvável, embora não possa ser descartada.

A resposta para esse enigma pode estar nas árvores, acreditam alguns cientistas. Acadêmicos do Departamento de Silvicultura da Universidade do Missouri (EUA) analisaram troncos de árvores da Nova Inglaterra, em uma região em que prevalecem os ventos vindos do oeste. Eles encontraram anéis com marcas de incêndio datando daquela época.

O professor associado de geografia William Blake, da Universidade de Plymouth (EUA), aponta que houve uma seca na região em 1780, fazendo com que um incêndio seja provável. Mas um incêndio florestal poderia causar um escurecimento como o relatado? O professor Blake conta que testemunhou incêndios na Austrália e que, quanto maior o incêndio, mais ele escurece o céu. E a combinação de fuligem e neblina pode fazer cair uma escuridão.

O relato de testemunhas oculares dá força à hipótese do incêndio florestal, já que alguns relatam que sentiram um cheiro estranho que parecia com o de uma casa de malte ou um forno a carvão.

O curioso é que dias escuros não são novidade. William Corliss, físico e cronista de eventos inexplicáveis, conseguiu reunir o relato de 46 dias escuros entre 1091 e 1971. Um deles assustou a população da mesma região em 1950, causado por um incêndio em Alberta (EUA). Algumas pessoas acharam que se tratava de um ataque nuclear ou um eclipse solar, pois a escuridão era tanta que parecia meia-noite para quem acordasse ao meio-dia.

E você, tem alguma outra explicação para o misterioso Dia Escuro?

(BBC, via Hypescience)

Nota:Já que a matéria acima termina com uma pergunta, leia o que Mervyn Maxwell escreveu em seu ótimo livro Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse: “O nascer do sol na sexta-feira, dia dezenove, foi visível na maior parte da Nova Inglaterra, mas - tal como a Lua na noite anterior - o Sol permaneceu vermelho à medida que se erguia. Uma grande nuvem negra assomou, agourenta, no sudoeste. [...] A Assembleia Legislativa de Connecticut suspendeu a sessão às onze horas, pois os deputados não conseguiam ver os rostos uns dos outros." E o livro prossegue a descrição desse dia curioso e assustador que compreende, na profecia, um dos sinais do início do tempo do fim.[MB]

sábado, 12 de maio de 2012

Ellen White e as Escrituras


Aproveito para disponibilizar mais algum material para ajudar nos estudos da Lição da Escola Sabatina deste trimestre, sobre o DOM PROFÉTICO.

ELLEN G. WHITE X AS ESCRITURAS (RELAÇÃO)

A autoridade de uma mensagem é derivada de sua fonte. Na época do rei Josias, por exemplo, a linha divisória entre um profeta bíblico e um extrabíblico era muito tênue, pois se estavam escrevendo os livros que comporiam o cânon. E os profetas bíblicos (canônicos) conviviam com os profetas não-canônicos. Não havia acentuada distinção entre ambos, como hoje fazemos (Ex.: Hulda – não-canônica e Jeremias – canônico). Ambos falavam pelo Senhor, e seus contemporâneos viram neles a mesma fonte divina.

Hoje, o cânon bíblico está claramente determinado. Já foi delimitado quais escritores inspirados comporiam ou não as Escrituras. Cabe, então, uma pergunta: tem o profeta bíblico um grau de inspiração maior do que o profeta não-bíblico?

• Se o profeta extrabíblico tem um grau menor de inspiração, não se justificaria Josias ter pedido orientação a Hulda na busca da resposta de Deus à sua inquirição (cf. 2Crôn. 34:19-33), pois não seria seguro. Ainda mais sabendo-se que os seguintes profetas eram contemporâneos dela: Jeremias, Sofonias e, talvez, Habacuque.

• Uma vez que o Espírito Santo conduziu o rei a buscar o conselho de Hulda como orientação divina, conclui-se que o grau de inspiração de um profeta extrabíblico é equivalente ao do profeta canônico - não há graus de inspiração, e sim fidedignidade de inspiração.

Contudo, deste evento pode-se estabelecer duas implicações:

1. O alcance da autoridade do profeta é limitado ao auditório ao qual se destina sua mensagem.

2. O papel dos profetas não-bíblicos e seus escritos têm uma função menor que a de seus equivalentes bíblicos. O profeta bíblico tem uma autoridade universal em 3 aspectos: função, alcance e tempo.

Os profetas extrabíblicos são “luzes menores”, pois sua mensagem se aplica a uma comunidade menor e se limita a um uso de tempo mais curto. A sua função é intensificar, simplificar, aclarar e amplificar as verdades e princípios da Bíblia no contexto de uma situação contemporânea.

• Eles são luzes menores que mantêm a centralidade da Bíblia como a medida ou norma, e sempre conduzem de volta a ela.

• Logo, os profetas extrabíblicos não têm o propósito de serem “fonte” de verdade adicional, contudo provêem detalhe adicional que acompanha a amplificação e a aplicação de qualquer verdade bíblica (1Crôn. 29:29; 2Crôn. 9:29; 12:15; 13:22; 20:34; 32:32; 33:19).

Conclusão: 

O papel e o alcance (não a inspiração ou a autoridade) dos profetas ou escritos não-bíblicos (ou seja, que não escreveram livros da Bíblia) são diminuídos pela função, tempo e, possivelmente, local onde atuaram. São estes limites que tornam seus escritos inspirados, embora extrabíblicos (Ex.: Natã, Ido, Hulda, Ellen White, etc.).

Segundo a própria Ellen White, seus escritos são “uma luz menor para guiar homens e mulheres à Luz maior [que é a Bíblia]” (Colportor Evangelista, p. 124). 

Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados; nela Deus prometeu dar visões nos últimos dias, não para uma nova regra e fé, mas para conforto ao Seu povo, para corrigir os que se desviam da verdade bíblica” (Primeiros Escritos, p. 78).

É nosso privilégio, e também uma grande responsabilidade, honrar e acatar a preeminente autoridade inerente à mensagem devido sua fonte divina (cf. 2Crôn. 20:20; Prov. 29:18).

O testemunho de Hulda, por exemplo, intensificou as admoestações da Bíblia referentes à retribuição em face da apostasia. Também ofereceu esperança e ânimo. Josias foi advertido, consolado e motivado pelos comentários proféticos. E assim efetuou uma poderosa reforma (2Crôn. 34:29-32 e 35:19). Josias encontrou sua doutrina na Bíblia, confirmou sua interpretação e modo de atuar buscando o conselho do Espírito de Profecia contemporâneo, e reconheceu a Palavra como seu fundamento para ensinar a reforma (34:30-32; 35:4, 6, 12, 15).

Paralelo com Ellen G. White e a IASD

Da mesma forma que no AT, os líderes Adventistas estabeleceram um sólido fundamento doutrinário, através da pesquisa das Escrituras. Quando necessário, porém, recebiam através do Espírito de Profecia claras explicações das passagens que estavam estudando, sendo instruídos na maneira como deveriam trabalhar e ensinar com eficácia. Tanto em Hulda como em Ellen G. White há uma relação com a Escritura em 4 maneiras diferentes:

1. Intensificar a mensagem das Escrituras;

2. Simplificar as Escrituras ao aplicá-las a uma situação específica;

3. Exaltar as Escrituras;

4. Atrair as mentes às Escrituras (cf. Test. Seletos, vol. 2, p. 281).

Assim como Hulda, Ellen G. White confortou e corrigiu o povo de Deus para que não se desviassem da verdade bíblica (cf. Primeiros Escritos, p. 78).

O testemunho do profeta extrabíblico (como Hulda e EGW) acrescenta alguns detalhes a mais do que se encontra no manuscrito bíblico. Observe que o princípio bíblico da recompensa pela obediência é aplicado à situação de Jeremias (2Crôn. 34:27-28). A recompensa, neste caso, foi limitada pela desobediência de Josias (35:20-24). Nada havia nas palavras de Hulda que fosse alheio à mensagem central da Escritura. O seu testemunho serviu apenas para simplificar, ampliar, aplicar e intensificar a própria Escritura. Nenhuma verdade adicional aparece no testemunho do profeta extrabíblico. O paralelo entre EGW e Hulda é evidente.

Assim como Josias, podemos consultar a Jeová com respeito à Sua Palavra quando nos dirigimos a uma fonte inspirada, ainda que extrabíblica, como é o caso de Ellen White.

Fonte: Apostila de DOP, SALT-IAENE, 2004.
www.elpisteologia.net